sábado, 2 de abril de 2011

È so o Pre-Parto...Indicaçoes e relaxamento

É só pré-parto


Até aos quatro centímetros de dilatação é parto, mas não é bem. É pré-parto. Não vale a pena ir para o hospital. Não vale a pena entregar-se ao nervoso miudinho. O truque é ficar em casa, relaxar e poupar forças.

Ao acordar, Inês Peceguina teve «uma sensação de perda de líquido». Foi logo para hospital, pois sabia que estava lá a sua obstetra. Quando chegou, ao ouvir as palavras da médica, arrependeu-se imediatamente: «Vamos tratar das coisas para ficar aqui comigo». Inês pensou: «Tratar das coisas? Ficar aqui? Mas eu ainda nem tenho dores». Seguiu-se um toque, descolamento das membranas e ordem para andar. Durante o passeio, Inês convenceu-se de que não queria ficar já internada. «Não gostei muito daquelas intervenções e já sabia que se ficasse me iam ligar ao soro, dar ocitocina, obrigar a deitar.» Informou a médica, que não se opôs, e foi para casa, decidida a acelerar o parto por sua conta.

«Subi e desci as escadas do meu prédio – moro no 10º andar –, balancei na bola de Pilates, andei na passadeira rolante, mas também fui à mercearia, trabalhei na minha tese, li, descansei.» As contracções, por aquela altura, mantinham-se leves: «Incómodas, mas nada que me fizesse parar». Ao final do dia, começaram a ficar mais intensas e Inês passou a apontar o intervalo e a duração. Ainda eram espaçadas por 10 minutos, embora as dores fossem agora mais fortes. Jantou calmamente e esperou, de relógio na mão, ao lado do marido. Sentiu as contracções a apertarem, a ficarem cada vez mais próximas umas das outras. E manteve sempre a calma, pela noite dentro.

Por volta das três da manhã, com contracções de três em três minutos, decidiram ir para a maternidade. «O caminho foi muito difícil, uma aventura, pois estava com muitas dores nos rins.» Na maternidade, mediram-lhe cinco centímetros de dilatação e aconselharam-na a dormir. «Já estava muito cansada e a enfermeira sugeriu que aceitasse a epidural “antes que as dores piorassem”». Um descanso de cerca de duas horas que lhe deu todas as forças para pôr o Sebastião cá fora logo ao início da manhã. «Foi óptimo. Uma sensação de êxtase total. Esqueci tudo o resto à volta. Senti-me muito bem», sensações que Inês tem a certeza de que só foram possíveis porque foi ganhando energia durante o dia, entre as suas coisas, no seu mundo, na sua casa.

ISTO JÁ É O PARTO?

Até aos quatro centímetros de dilatação, as recomendações são para ficar em casa. A esta fase do parto chama-se pré-parto ou fase latente e, numa gravidez normal, em que tudo esteja a correr nem, não há nada que se possa fazer na maternidade para ajudar o bebé a sair.

O melhor é estar em família, confortável, o mais descontraída possível, para que a ocitocina natural possa fazer o seu trabalho e ajudar o útero a contrair. Esta fase costuma ser a mais longa do parto, mas também a menos intensa. Pode começar sem que se dê conta, sem dores, alguns dias ou até semanas antes. Ou pode durar algumas (às vezes muitas) horas e notar-se perfeitamente, com contracções ligeiras e espaçadas mais de 20 minutos. Todas as mulheres são diferentes.

À primeira contracção, o normal é surgir a dúvida: é isto? Já estou em trabalho de parto? A dor será semelhante à de uma cólica menstrual. A sensação será precisamente de contracção na barriga, como se ficasse dura. É o útero a contrair-se. Se não se repetir em breve, podem ser apenas as contracções de Braxton-Hicks, que não são sinal de parto, mas sim uma espécie de treino do útero para as verdadeiras contracções. Essas, as verdadeiras, são mais prolongadas, mais intensas e vão-se tornando mais frequentes e mais dolorosas com o passar do tempo. É normal não distinguir umas das outras, por isso, à primeira contracção, a atitude certa é manter a calma e esperar. Só quando começarem a ter intervalos de quatro minutos, deve pensar em ir para o hospital (o tempo entre contracções conta-se desde o início de uma ao início da outra). Entretanto, o seu corpo irá trabalhando, dilatando, abrindo, ajudando o bebé a descer.

E QUE FAÇO EM CASA?

Se for de noite, tente dormir(ah! tem uma lata,com contracoes não e?E quem e que consegue dormir com essa moinhas intensas?). Nesta fase, é importante descansar o mais possível, poupando forças para quando chegar a parte difícil (sim,sim e viva o descanso!). Deite-se, de preferência sobre o lado esquerdo, a posição que mais facilita a dilatação, pois optimiza o afluxo de sangue e de nutrientes à placenta. Mesmo que não consiga alcançar um sono pesado, deixe-se ir «passando pelas brasas». Qualquer minuto de repouso será precioso para o trabalho árduo que se segue.(isso e tudo verdade,para quem consegue...)

A vantagem de estar em casa é ser muito mais fácil relaxar, ainda que continue a ser complicado serenar os pensamentos, sabendo que o bebé está prestes, prestes a nascer. O truque é manter-se entretida, para que a cabeça não atrapalhe o corpo.(lol,entretida...a gritar com o marido por exemplo ehehehe)

Continuar a rotina do dia-a-dia ajuda a tranquilizar. Faça o que tinha planeado, mas não se afaste muito de casa. Num primeiro parto, nunca se sabe. Às vezes, os quatro centímetros chegam depressa e, nessa altura, as contracções já podem ser mais dolorosas. Em casa, há sempre mais recursos para aliviar a dor: música agradável, luz a gosto, os nossos cheiros.(hummmmmm,vontade de fumar um cigarro...CALA.TE!)
E pode:
■ Tomar um banho ou duche morno. Ajuda a relaxar, alivia as dores e favorece a dilatação.
■ Muitas mulheres optam por cozinhar quando estão em pré-parto( COZINHAR? sim,sim era o que mais faltava,ate que era bem pensado fazer um bolinho!). Porque não fazer bolos ou bolachas para levar para o hospital? Sempre é um bocadinho de casa que vai consigo e saberá bem saborear um lanche caseiro depois do esforço do parto.
■ Fazer actividades que a aproximem do bebé: dar os últimos retoques no quarto, ver se falta alguma coisa na mala que levará para a maternidade, tirar fotografias à barriga, despedir-se da barriga, pois irá ter saudades (pois vou...muitas saudades,para mim sera a ultima vez infelizmente!snif!).
■ Fazer coisas que provavelmente não fará tão cedo: ver um filme, ler um livro, sentar-se no sofá (jogar playstation?????? faz tanto tempo...).
■ Ir as vezes que forem precisas à casa-de-banho. Quanto mais espaço livre houver mais fácil será para o bebé fazer o caminho ( o meu primeiro filho so não nasceu na sanita por falta de dilatação minha,so la e que me sentia um pouco melhor.CONTRACÇÃO?...SANITA!).
■ Usar todas as técnicas de relaxamento que souber e que se lembrar (HUMMM,TÉCNICA DE RELAXAMENTO Nº1: "Nuno vem cá! Nuno nao me deixes! Nunoooooooo!!!): respiração, meditação, visualização. Aproveite o momento, sinta a felicidade de estar quase a chegar à meta.

E QUANDO VOU PARA O HOSPITAL?

Ir para o hospital muito cedo pode gerar ansiedade na grávida e levar a intervenções desnecessárias por parte dos profissionais de saúde (ocitocina artificial, monitorização fetal). O ambiente médico, aliado ao facto de ter de trocar a sua roupa por uma bata, de (em alguns hospitais) não poder comer, nem beber, e (também em alguns hospitais) não poder ter um acompanhante ao lado nesta fase em nada contribuem para o relaxamento necessário à dilatação. O conforto de um hospital, por muito hoteleiro que seja, não se compara ao da nossa casa. Para saber quando está na altura de deixar o ninho pode usar o método «411»: significa contracções de quatro em quatro minutos, com duração de um minuto, durante uma hora. Começa a fase activa do trabalho de parto, começa o bebé a descer pelo canal vaginal. Se o hospital for longe (mais de meia hora de caminho) convém ir mais cedo. Mas, a não ser em casos excepcionais, não é preciso ir a correr. Se se sentir bem e confiante, até pode ficar mais tempo em casa. Nesta fase, o normal em primeiros filhos é que o útero dilate cerca de um centímetro por hora. Se estiver mesmo com quatro dedos de dilatação, ainda tem, pelo menos, seis horas pela frente….


NÃO FIQUE EM CASA SE:
 
■ Não sentir o bebé durante 12 horas. Mas primeiro tente estimulá-lo comendo algo doce, mexendo-se ou falando com ele.
■ Tiver uma hemorragia vaginal considerável. Pequenas perdas de sangue são normais durante a gravidez, mas se for em grande quantidade pode significar alguma complicação, habitualmente com a placenta.
■ Se a bolsa de águas rebentar, mesmo que não tenha dores. Se o líquido for claro e inodoro não é preciso ir logo para o hospital, mas é conveniente falar com o médico.


FASES DO PARTO
 
Primeira fase■ Fase latente (ou pré-parto): até aos quatro centímetros de dilatação; as contracções vão sendo mais fortes e ritmadas. Pode durar até 20 horas.
■ Fase activa: dos quatro aos dez centímetros; descida do bebé pelo canal vaginal; as contracções tornam-se mais intensas. Habitualmente dura sete a oito horas. Em média, o útero dilata um centímetro por hora.
 
Segunda fase
■ Período expulsivo: desde que o útero atinge os dez centímetros de dilatação até ao nascimento do bebé; a mãe começa a sentir vontade de fazer força. Pode durar entre 45 e 60 minutos num primeiro parto e entre 15 a 20 nos restantes( isso agrada.me,bem rapidinho...).
 
Terceira fase■ Dequitadura: expulsão da placenta. Demora cerca de 30 minutos.

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