sábado, 2 de abril de 2011

Bebe será que somos incompativeis ?

Incompatibilidade de Rh

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Entre os múltiplos exames pré-natais aos quais será submetida durante a gravidez encontra-se o da incompatibilidade do Rh. No entanto, sabe o que é exactamente e qual é a finalidade do seu diagnóstico?
 
O que é o Rh?
O Rh ou factor Rhesus diferencia os tipos de sangue segundo a presença ou ausência de certas proteínas que se encontram na superfície dos glóbulos vermelhos. A maioria das pessoas tem sangue com Rh positivo, ou seja, produzem esta proteína. O resto, cerca de 15%, não e são Rh negativo.
 
O que é a incompatibilidade de Rh e porque é que se produz?

A condição negativa do factor Rh no sangue não é prejudicial para estas pessoas, no entanto, as mulheres com Rh negativo têm probabilidades de desenvolver uma incompatibilidade de factor Rh com o seu bebé. Situação que traz certos riscos.
Esta intolerância produz-se quando o sangue da mãe é Rh negativo e o do seu futuro filho é Rh positivo. Neste caso existe a possibilidade de o sangue do bebé penetrar no fluxo sanguíneo da mãe. Como estes glóbulos vermelhos com factor Rh são estranhos para o organismo materno, o seu sistema imunitário tratará de eliminá-los, desenvolvendo anti-corpos que podem atravessar a placenta e atacar o feto com RH+.
A incompatibilidade do factor Rhesus não pode causar problemas na primeira gravidez, porque o sangue da mãe e do bebé não se misturam ou se o fazem não é de forma significativa. Não obstante, durante o nascimento, para além de outros casos, parte do sangue da criança pode passar para a circulação materna. Momento no qual se desenvolvem os anti-corpos Rh, como resposta do organismo. A mãe já está sensibilizada.
 
Porque é que deve conhecer o meu factor Rh?

No caso de não ter factor Rh terá que tomar certas medidas para garantir a saúde do seu bebé.
Saber que tipo de sangue possui é tão simples como fazer análises ao sangue. Se é do tipo Rh - e o pai também, então a criança também será Rh-. Neste caso não há perigo de se desenvolver uma intolerância de Rh e, dessa forma, não requer tratamento depois de dar à luz.
Se é Rh negativo e o pai positivo, existem 70% de possibilidades de que o sangue do bebé seja Rh positivo e como consequência incompatível com o seu. Como não há forma absoluta de conhecer o Rh do feto, sempre que uma mulher seja Rh- receberá injecções de mioglobina antiD ( que doem que se farta)durante a gestação e também depois do parto se se descobrir que a criança é positivo, isto para destruir qualquer célula Rh+ e evitar o desenvolvimento de anti-corpos.
Se se detectarem anti-corpos durante a gravidez, tanto a mãe como o bebé necessitarão de cuidados especiais. Realizam-se análises ao sangue e a evolução do feto será vigiada por si no caso de apresentar algum sintoma.
No entanto, apesar das altas probabilidades de não desenvolver uma incompatibilidade, o médico a considerará para evitar qualquer risco, já que o tratamento, no caso de não ser necessário, não prejudicará nem a mulher nem o bebé.
 
Riscos
A aparição de anti-corpos é muito pouco provável com um bom controlo pré-natal e um tratamento adequado. Sem tratamento existe entre 15 a 50% de possibilidades de gerar anti-corpos. Com tratamento é praticamente de 0%. No entanto, convém conhecer as possíveis complicações da incompatibilidade de Rh.
Estas podem ser leves ou muito graves. O pequeno poderá padecer de icterícia (cor amarela da pele do bebé), anemia, insuficiência cardíaca, danos cerebrais, e em casos extremos produzir abortos espontâneos ou o nascimento do bebé sem vida.
 
Possíveis exposições ao sangue do bebé

Parto
Aborto espontâneo
Aborto voluntário
Hemorragia vaginal
Amniocentese
Análises de vilosidades coriônicas
Gravidez ectópica
Gravidez Molar

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